Presidente rompe silêncio e fala sobre manifestações no Brasil

Em seu discurso, Dilma destacou que as vozes das ruas precisam ser ouvidas e que elas ultrapassam os mecanismos das instituições, das entidades de classe, dos partidos políticos e da mídia

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de lançamento do Marco Regulatório da Mineração (Roberto Stuckert Filho/PR)
Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de lançamento do Marco Regulatório da Mineração

A presidente Dilma Rousseff rompeu o silêncio e falou nesta terça-feira (18/6) sobre a movimentação ocorrida nos últimos dias nas principais capitais brasileiras. “O Brasil hoje acordou mais forte”, disse a presidente ao comentar que é bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pai, o avô juntos com a bandeira do Brasil cantando o hino nacional e defendendo um país melhor.
“Devemos louvar o caráter pacífico dos atos públicos de ontem. Evidenciou o correto comportamento da polícia”, afirmou. “Infelizmente, porém, aconteceram atos minoritários e devemos condenar e coibir com rigor. Sabemos que toda violência é lamentável, destrutiva e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela”, completou.
No discurso, Dilma destacou que as vozes das ruas “precisam ser ouvidas” e que elas “ultrapassam os mecanismos das instituições, das entidades de classe, dos partidos políticos, da mídia”. “Foi um recado aos governantes de todas as instâncias. Essa mensagem é por mais cidadania, mais escolas, mais hospitais. Essa mensagem mostra a exigência de transporte público de qualidade e a preço justo. É o repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público. Essa mensagem comprova o valor intrínseco da democracia”, afirmou a chefe do Executivo. “E queria dizer aos senhores. A minha geração sabe o quanto isso nos custou”, resumiu a presidente ao afirmar ao ver o cartaz que dizia “desculpe o transtorno, estamos mudando o país”. “Eu quero dizer que o meu governo está ouvindo essa voz pela mudança e empenhado para trazer essas mudanças. Sim todos nós estamos diante de novos desafios. Quem foi às ruas quer mais. Mais educação, mais transporte, mais saúde. Meu governo também quer mais e vamos conseguir mais”, finalizou.
 
A presidente condenou ainda o uso da violência e elogiou a atuação da polícia ontem. "O caráter pacífico dos atos públicos de ontem evidenciou também o correto tratamento dado pela segurança pública à livre manifestação popular. Conviveram pacificamente", ponderou. Na opinião dela, inclusive, os atos isolados de violência não retiram a legitimidade dos movimentos. "Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela. Isso, no entanto, não ofusca o espírito pacífico das pessoas que ontem foram às ruas democraticamente pedir pelos seus direitos", sustentou, sob aplausos.
 
Dilma participou da cerimônia de lançamento do novo marco regulatório da mineração, realizada na manhã desta terça-feira (18/6), no Palácio do Planalto. Ela assinou a mensagem encaminhando ao Congresso Nacional o projeto de lei que institui o novo marco e cria o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência Nacional de Mineração (ANM). “Esse ato tem uma importância histórica para a sociedade brasileira. Permitirá um avanço em um setor estratégico da nossa economia”, afirmou Dilma acrescentando que o projeto será encaminhado com pedido de urgência. “Estamos construindo um ambiente no Brasil para vultosos investimentos de longo prazo”, completou. O prazo para votação é de 90 dias.

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